segunda-feira, dezembro 29, 2008

Incapacidade mental, estupidez e pura ganância



No site da UNICEF encontramos a carta com a Convenção sobre os Direitos das Crianças. A Convenção é composta por 54 artigos que podem ser divididos em quatro categorias de direitos:

A) Os direitos à sobrevivência (por exemplo: direito a cuidados adequados);
B) Os direitos relativos ao desenvolvimento (por exemplo o direito à educação);
C) Os direitos de protecção (por exemplo o direito de ser protegida contra a exploração infantil e o direito a ser protegida dos aspectos mais negativos do mundo, que se reflictam de forma directa sobre a criança, como guerras, fome, etc.);
D) Os direitos relativos à participação (como por exemplo ter o direito de exprimir livremente e sem consequências a sua opinião)

A Convenção tem por base quatro pontos fundamentais, todos relacionados uns com os outros:

«• a não discriminação, que significa que todas as crianças têm o direito de desenvolver todo o seu potencial – todas as crianças, em todas as circunstâncias, em qualquer momento, em qualquer parte do mundo.

• o interesse superior da criança deve ser uma consideração prioritária em todas as acções e decisões que lhe digam respeito.

• a sobrevivência e desenvolvimento sublinha a importância vital da garantia de acesso a serviços básicos e à igualdade de oportunidades para que as crianças possam desenvolver-se plenamente.

• a opinião da criança que significa que a voz das crianças deve ser ouvida e tida em conta em todos os assuntos que se relacionem com os seus direitos.»

Ninguém é hipócrita ao ponto de pensar que em todo o mundo os direitos da criança são tidos em conta, no entanto, acredito que há muitos países que e esforçam para garantir o bem-estar dos membros mais novos da sociedade – uns com melhores resultados, outros com piores.
Actualmente apenas dois países em todo o mundo não assinaram a Convenção: Estados Unidos da América e Somália.
Obviamente que o problema dos Estados Unidos não assinarem a Convenção é apenas a imagem da mesma, já que todos sabemos que nesse país existem instituições que protegem a criança. Penso mesmo que o problema nem sequer é a Somália não ter assinado. O grande problema são todos aqueles que assinaram e que agora, nas barbas de todo o mundo ignoram completamente o documento e pior, ignoram completamente os direitos e a protecção das crianças.
Acho que é óbvio que além de serem o futuro do planeta, as crianças são as grandes vítimas de todo e qualquer conflito existem em meios sociais mais amplos ou mais restritos.
Por causa da tirania, da cegueira de poder, de riqueza ou apenas da incapacidade mental de alguns líderes, actualmente há crianças sem pais que vivem do que encontram no lixo, há crianças que são vendidas para alimentar o resto da família, há crianças-soldado, há crianças que, vivendo com a família, não têm absolutamente nada para comer, há crianças abusadas de todas as formas e há crianças no meio de conflitos armados, em que as próprias crianças, são as únicas pessoas que não têm qualquer responsabilidade e as que mais sofrem (quer seja por morte dos pais, por destruição dos meios de subsistência, quer seja pela sua morte, etc).
Todos vimos recentemente na televisão o “Estado democrático” de Israel bombardear a faixa de Gaza, dando para isso 1001 justificações – só se esqueceram que no meio dos destroços ficaram crianças, ficaram sonhos de crianças, ficaram vidas futuras…
Na Tailândia, ainda há uns poucos dias, passava na televisão uma criança sorridente que trincava um bocado de comida que a sua mãe tinha acabado de encontrar no lixo.
No Brasil milhares de crianças crescem e são obrigadas a viver como criminosas porque não têm dinheiro.
Por toda o continente africano vemos casos de crianças-soldados, de crianças a morrer à fome, traficadas…
Um avião F-16 (que serve, acima de tudo, para matar) custa cerca de 45 milhões de dólares; cada míssil Tomahawk custa 575 mil dólares; um avião EA-18G Prowler, utilizado pelos EUA, custa 100,5 milhões de dólares; um avião C-17A, 330,8 milhões de dólares.
Estes são apenas pequenos exemplos, quando todos sabemos o incrível preço da guerra. O pior é ver o quanto gastam Estados como a Índia, China, Paquistão, Sudão, Somália, etc., com a guerra, enquanto o seu povo morre à fome.
(ver: http://www.defense-aerospace.com/cgi-bin/client/modele.pl?prod=72234&session=dae.22374897.1155673461.ROItdcOa9dUAAEJP--Q&modele=feature)
Os terroristas e os grupos armados têm grande culpa em todo este processo – aliás, até nós podemos dizer que podíamos ajudar mais do que o fazemos – mas acredito que os grandes responsáveis são aqueles que podendo ajudar, firmando assinaturas em documentos de ajuda, preferem negligenciar os direitos das crianças, preferem gastar dinheiro que podia ser utilizado em medicamentos, comida, escolas, combate ao crime local, à prostituição, etc, para comprar armas para matar inimigos invisíveis, para conseguirem ganhar mais eleições e escoar produção militar e aumentar o emprego nos próprios países, quando na realidade as únicas vítimas dessas armas são os cidadãos e principalmente as crianças, que não têm culpa de nada (sim, porque os “verdadeiros” alvos dessas armas nunca são destruídos ou capturados).
Fome, crime, abuso e violência existem em países ricos e pobres, tal como é necessário controlar o crime e o terrorismo mundial. O problema é a escala e quais devem ser as verdadeiras prioridades.
E o que podemos fazer? Bom… tanta coisa, não é? Infelizmente, falo por mim, não faço nada… limito-me a mandar e-mails a chatear os governos e pouco mais.
Os fins nunca podem justificar os meios, porque é no meio que está o sector mais frágil da população mundial.

terça-feira, dezembro 23, 2008

O natal como era

Quando era pequena adorava o natal, até gostava mais do natal do que do dia dos meus anos. Não era só o dia mas todos os preparativos.
Todos os anos, eu e a minha mãe íamos àquela loja, que agora já não existe, a Prantand, e comprávamos todos os presentes. Eu gastava as minhas poupanças do ano inteiro para também oferecer prendas aos meus primos e à família lá de casa. E era muito feliz naquele dia de compras.
Para a decoração, eu e os meus primos, pintávamos folhas secas, bugalhos e aqueles ouriços secos das castanhas, depois fazíamos arranjos para espalhar pela casa. Para já não falar dos doces, cuja confecção acontecia longe das minhas mão, com grande pena minha, mas podia espetar cravinhos nas laranjas para a mesa ficar bonita e a cheirar bem. A casa estava cheia, as pessoas estavam contentes, ou a mim me parecia, comiam bebiam, riam, brincavam comigo. Era bom ter uma família numerosa: 6 pares de tios e 4 primos.
Depois do jantar, porque a espera era longa até à chegada do grande magnifico, eu fazia teatrinhos com os meus primos e o meu irmão. Obrigava toda a gente a sentar-se e a ver, ficavam todos muito contentes por sermos tão bons artistas e batiam muitas palmas.
Que mais poderia eu desejar? O pai natal, claro. Só não gostei muito quando essa tarefa calhou à minha mãe porque me disseram que ela estava na casa de banho. Eu, a chorar baba e ranho porque ela não estava ao pé de mim e não ia ver o pai natal, (disseram me que eu estava com medo mas acho que isso não é verdade), enquanto o meu primo lhe oferecia um copo de leite e bolos.
Havia tantas prendas a ser distribuídas, toda a gente a rasgar os papeis e a darem beijinhos uns aos outros. Eu recebia um monte de bonecada mais outro de roupa os meus primos também e ficávamos todos contentes a explorar as novidades até cair de sono.
Hoje é tudo tão triste que nem vou contar para não ter de pensar nisso.

quinta-feira, dezembro 18, 2008

Presépios em Vila Viçosa

Faço aqui um pouco de publicidade ao Museu de Arte Sacra que tem neste momento uma exposição coordenada por um colega da minha Pós -Graduação: Carlos Filipe e também de curso: Ricardo Hipólito.

http://sic.aeiou.pt/online/scripts/2007/videopopup2008.aspx?videoId={59A766A5-4810-4631-B3FE-B0FC871BB07B}

;)

segunda-feira, dezembro 15, 2008

Anedota cá das minhas...


Dois recém nascidos na maternidade:
-sabes o que é que eu descobri? sou um menino!
-ah é? como é que sabes?
-quando a enfermeira sai eu mostro-te.
Depois da enfermeira sair, ele levanta o cobertor e diz-lhe:
-olha, vês? O meu sapatinho é azul!

quarta-feira, dezembro 10, 2008

Irish dinner = jantar de turma = diversão


Minha gente!

Chegou o momento! Vamos voltar a ser estudantes nem que seja por uma noite! Vai haver muita diversão e cantaria! A verdade é que já dancei algumas coisas perto de irish mas nada de muito complicado...
A ideia é a seguinte, vamos organizar um jantar de turma, para relembrar os bons momentos, por a par o presente e perspectivar o futuro de todos nós, que é a amizade eterna. Ora que coisa melhor que um restaurante e bar irlandês para vir ao de cima o nossa boa disposição? Até eu vou beber 1 irish coffee a ver se me aqueço (e que frio que tem estado).
Encontrei estes restaurantes em sites e na revista "Follow me - Lisboa". Se conhecerem alguns avisem:

  • Hennessy's - "jantar ou tomar 1 bebida com musica ao vivo e muita festa" . rua cais do sodré http://www.hennessys.com.pt/
  • irish.co--> cozinha tradicional e irlandesa. musica ao vivo, parque das nações, tb há na doca de sto amaro
  • Restaurante celtas & iberos - http://www.celtasiberos.pt/id.asp?id=p1. parece giro e até dá para pedirmos "orçamentos" dos jantares de grupo - doca de santo amaro
  • o gillins irish bar entre cais sodré e bairro alto..por ali. diz na net que foi o 1º bar irlandes em lisboa e que é mais calmo que o hennessy's apesar deste ultimo ter mais fama
  • o gillians irish pub - n tem paparoca acho eu
  • treasure land - deste só encontrei a morada e comentarios de pessoas a dizer que é um bom local de encontro e que tem a decoração gira..Rua Bartolomeu de Gusmão,
Conhecendo a nossa gente e dando a conhecer a minha opinião...não considero viável deslocarmo-nos até ás docas, visto que quem não tem carro (a maioria) é dificil de lá sair a tempo e horas para apanhar comboios, metros e autocarros.
Penso também que o Parque das Nações ficará um pouco "longe" para todos...

Agora é uma questão de começarmos a falar em datas, pessoas e escolher 1 ou 2 restaurantes para telefonar, saber preços, combinar e ir à aventura verde onde os duendes reinam (e baixinhas também lol).

segunda-feira, dezembro 08, 2008

Ponte 25 de Abril ou Salazar?


É do conhecimento de alguns visitantes deste blog que fiz um trabalho na pós-graduação sobre os manuais escolares da primária do Estado Novo. Durante a busca de imagens que tentei através da internet fui dar a um site, que coloquei nos favoritos. Hoje, sem nada para fazer (ou sem vontade), fui ao dito site. Ora agora o que encontrei:


"VAMOS REPÔR O NOME
À PONTE SALAZAR
Meus amigos, vai sendo tempo de dizermos!
É urgente que as gerações não cresçam sobre a mentira;

» Se para si a verdade histórica é importante;
» Se o nome dos nossos maiores tem alguma importância histórica;
» Se a justiça é elemento importante e determinante;
»Se a verdade deve fazer parte de um Estado de Direito;


Então, lute pela verdade!

Preencha e devolva-nos o impresso"

(guardei o impresso no meu ambiente de trabalho...para alguem que o queira contacte-me)

Agora penso nos pontos.
Sim a verdade é importante, sim o prof. dr. António Oliveira Salazar foi importante, a justiça também...e lá vem de novo a verdade...sim ok. Faço o que? Assino o abaixo assinado para mudar a pontezita de nome? Não seria mais facil darem o nome "Salazar" à 3ª ponte sobre o Tejo? E vocês? O que acham disto?

Podem ver o site:

http://www.oliveirasalazar.org/default.asp

Natal sem interesses


Ia eu a caminho do meu local de trabalho...no metro, descansadinha da vida. Numa estação qualquer entram pessoas, até aqui normal. Mas eram pessoas alternativas, ora tinham brincos por sítios estranhos do rosto, ora vestidas de cor de rosa de cima a baixo. Pensei cá para os meus sapatos amarelos: "cada vez mais as pessoas têm 1 estilo próprio =)"

Nisto oiço uma rapariga a cantar, ao que os meus sapatos amarelos respondem: "já não bastava o cão pendurado no ombro dos acordeonistas e os ceguinhos rappers que ainda há cantoras!"

Ela cantava muito bem, não reconheci a música, e aquilo parecia-me tao estranho que nem dei atenção á letra. Ainda os meus sapatos estavam a suspirar quando outra pessoa começa a cantar...e outra...e outra....os meus sapatos ficaram confusos! Então mas toda a carruagem conhecia a letra da música menos eu? Durante umas duas paragens foram cantando e que melodia! UAAUUUU!
Senti finalmente o espirito natalício!
Ainda não comprei prendas e ainda não me sentia muito naquela onda, talvez por não saber muito bem onde vou passar o Natal.
Senti-me bem! Feliz por haver pessoas como aquelas, que fingiram que nao se conheciam, espalharam-se pela carruagem, sozinhas...e criaram todo aquele ambiente, sem pedirem 1 unico tostão. Agradadas por verem a nossa surpresa, as nossas expresões, caras de fadistas, caras de quem leva com o vento, sorriso a brilhar e olhos a sorrir.

Sai do metro muito mais preparada para mais uma tarde de trabalho. Quando um rapaz se dirige a mim e sem me falar espalma umas folhas na minha cara e eu pergunto que era aquilo, ele apontou para a folha e vi que era uma associação de surdos mudos. Não foi por ser Natal que dei 6 eurinhos, nem por ter ouvido aquela música no metro (apesar de isso ter ajudado), lembrei-me do meu primo com quem praticamente fui criada. Recordei o dia em que depois de ele ter visitado a Expo98 ele procurava umas moedinhas que davam no Pavilhão de Macau. Ele não as encontrava por minha casa, perguntava á irmã e ela não percebia, nem eu...nem ninguém da nossa familia. Ele desenhava e nós perguntavamos se ele queria M&M....ele na altura tinha uns 10 anos e acho que nunca o vi tao triste, chorou tanto, mas tanto porque não o compreendiamos...

Deviamos pensar mais nos outros, mas não só no Natal! E não dar uma prenda de 50€ a pensar que a outra pessoa não nos pode dar 1 prenda da loja dos chineses, porque não é justo. Esqueçam as prendas, façam os otros felizes, pensem neles na vida deles e como fazê-los sorrir.

Devo dizer que enquanto assinava o papel em como estava a dar dinheiro, eu disse-lhe meia atrapalhada por já não estar habituada a falar com o meu primo, que eu tenho um primo surdo mudo e que está na Casa Pia, ele sorriu e disse passado alguns segundos que eu era muito bonita. Fiquei com tal brilhozinho nos olhos que naquele momento nem me lembrei de como se dizia "Obrigada e boa tarde" em linguagem gestual. Fiz o que sei melhor: sorri!

domingo, dezembro 07, 2008

Diário de um azarento ou a descrição de um dia para esquecer (por um egocêntrico)

Sabem aqueles dias em que passamos a noite a sonhar com comida? Pois, ontem aconteceu-me isso. Na noite anterior estive a jogar futebol e não sai muito bem tratado do jogo, como fui dormir poucas horas depois do fim do esforço, estava com dores no tornozelo direito e por isso não dormi muito bem - passei a noite toda a sonhar com o pequeno-almoço.
Acordo todo ougado para ir comer um bom pequeno-almoço e levanto-me da cama como se tivesse uma mola enfiada no rabo. Tal não é a minha sorte quando, pegando no telemóvel para ver se tinha chamadas, vejo que são 10:39. Ora a esta hora já não podia tomar o pequeno-almoço porque depois não tinha fome para o almoço e ontem tinha mesmo de almoçar - tinha combinado ir almoçar com a minha avó. Pronto! Já o dia tinha começado mal!

Logo depois, o segundo azar do dia. Mal ponho o pé na rua vejo que tinha vindo agasalhado demais e agora ia ficar cheio de calor. Como nos últimos dias tinha estado a fazer um frio capaz de congelar a língua do Diabo, pensei que seria melhor ir bem agasalhadinho. Vesti dois pares de meias, dois pares de calças (calças de ganga e as calças do pijama por baixo - sim não tenho vergonha de assumir que faço isso quando está muito frio), uma camisola de lã e um casaco quentinho. E pronto, como não tive paciência para voltar para trás, lá fui andando para casa da minha avó com aquela roupa toda. O problema é que ainda tenho que andar um bocadinho para casa dela (cerca de 1,4 km) e o caminho tem muitas subidas. Quando lá cheguei, por ter dois pares de calças e ter começado a suar um bocadinho, tinha as coxas assadinhas - o que me fazia ter a tendência de andar "à cowboy". Triste.

Uma das características de se viver numa terra não muito grande é encontrarmos, na rua, pessoas que conhecemos. Ora ia eu com a minha mãe buscar um xarope para a minha avó que está doente, quando demos de caras com a minha tia - irmã da minha mãe. Pois bem, paramos para falar uns minutos e quando reparamos tanto a minha mãe, quanto a minha tia, estavam em cima de cocó. Que sorte!! Toda a gente sabe que pisar cocó de cão é sinal de dinheiro. Infelizmente não tive essa sorte e, claro, dinheiro nem vê-lo. Agora que escrevo estas pobres linhas, penso... vi que o euromilhões saiu a um único totalista. Se a minha tia não costuma jogar e a minha mãe joga sempre... ah! trasmalhada d'um raio! Então querem ver que foi ela que ganhou o euromilhões? Pefffe!!! Eu que tenho um cão e vou à rua com ele todos os dias, nunca piso cocó nenhum, aquele anã que me deu à luz, mal põe o pé na rua... pumbas! Ganha o euromilhões!

Como se o dia não estivesse a correr mal o suficiente, descubro que estou velho e/ou feio. É que há um homem que tem um bocado de fama de tarado e pedófilo e sempre que vê um jovem (qualquer que seja o sexo) mete-se com ele.
"Ah és tão bonitinha" ou "Está frio. Não tens frio com essa roupa?" - é o tipo de conversa do homem. Mas é que ele se mete com todos os jovens! De criancinhas a mais velhos.
Pois bem, ontem passo por ele, olho-o bem e penso: "Ah que o meu dia vai animar com um elogio". Ele passa por mim, olha-me e... segue em frente!! Nem me diz nada!!! Portanto, ou estou velho demais para os padrões tarados dele, ou simplesmente não sou atraente para ele!! Não é que queira ser atraente para ele, mas pronto... percebem, ?
Mais tarde, chego a casa e penso: "Devia ir fazer um post que ando para fazer há uns dias, no meu blog Pensar com a Língua (n.a. - tem link)."
Devia fazer este post, porque há um mês atrás lancei uma sondagem no blog a perguntar que foto os meus leitores queriam ver publicada num post futuro. Infelizmente houve dois vencedores dessa sondagem: uma foto com piada e uma foto de um homem ... Ou seja tinha de ir fazer uma pesquisa de homens nús, o que, como podem imaginar, não me agradava muito.
Mas ter um blog obriga a alguns sacrifícios e assim, lá comecei a minha sondagem. E, quando estava a fazer a pesquisa, ... ai ... dei de caras com a pilinha do Brad Pitt! Blargh! Infelizmente, neste preciso momento aparece o meu irmão. Muito apressadamente tento fechar a janela, mas falho. Ele viu-me a olhar para o Brad Pitt . Felizmente ele é muito reservado e não tocou no assunto, mas a verdade é que mal me falou o resto do dia. Lá fechei a janela e acabei o post antes de fazer este.
E pronto, assim se passou um dia cheio de tristezas. Partilho convosco para me fazer de "tadinho" e lançar a minha carreira como futuro-tadinho-da-TVI.

quinta-feira, dezembro 04, 2008

A minha terra

A minha terra é Lagos. Lagos é um concelho do Algarve que faz fronteira com os concelhos de Vila do Bispo (Ocidente), Aljezur (Noroeste), Monchique (Norte) e Portimão (Este). Com uma população de cerca de 30 mil residentes fixos, a minha terra apresenta uma das populações mais variáveis de Portugal (como todo o Algarve) variando entre os 30 mil na época baixa e os quase 80 mil habitantes na época alta - isto refere-se às pessoas que têm uma segunda habitação cá.
O concelho tem seis freguesias: Santa Maria, São Sebastião, Nossa Senhora da Luz, Ódeaxere, Bensafrim e Barão de São João.
O Presidente da Câmara chama-se Júlio Barroso, é do PS e vai agora concorrer ao terceiro mandato.
Chegar cá é fácil. Podem cá vir dar de barco, carro, comboio ou avioneta. Lagos é servida pelas Estradas Nacionais 125 e 120, pela Auto-estrada 22 (A22) e é a estação terminal da Linha Ferroviária do Algarve. Existe ainda um aeródromo que está com os dias contados, já que este irá ser substituído por outro maior, a construir em Bensafrim (segundo se diz), que servirá os concelhos de Lagos e Portimão e poderá albergar aeronaves de maior dimensão. Existe também uma Marina e uma doca.

A minha terra, Lagos, que agora aqui apresento, é composta por duas freguesias: Santa Maria e São Sebastião.
Com uma ampla baía e banhada pela Ribeira de Bensafrim (ou Rio de Lagos), foi daqui que saíram grande parte das expedições a África e foi aqui que foi estabelecido o primeiro Mercado de Escravos negros da Europa. A cidade foi fundada por volta de 2000 A.C. e por aqui passaram imensos povos, como fenícios, cónios, cartagineses, gregos, romanos, árabes e, claro, cristãos.
Durante as Guerras Púnicas, Lagos foi o primeiro acampamento de Cartago contra os Romanos. Aqui se travou uma batalha entre Quinto Sertório (desertor romano) e Quinto Caecilius Metellus Pius. Mas pronto, aposto que ninguém está a ler esta parte de seca (se estiverem, estão muito arrependidos, certo?).
(Fast-Forward)
Foi em 1255 que Lagos passou a fazer parte de Portugal e foi de cá que partiram as tropas portuguesas para a conquista de Ceuta em 1415. Entre o século XV e 1755, Lagos foi a capital do Algarve e foi também de cá que saiu D. Sebastião para a fatídica batalha de Álcacer-Quibir. Historiadores ingleses referiram-se a Lagos como o Cabo Canavral das descobertas (para quem não sabe o Cabo Canavral é um dos locais mais importantes da exploração espacial). Assim, Lagos intitula-se como Cidade das Descobertas.
Com o terramoto de 1755 e consequente tsunami, ficou quase tudo destruído e de então para cá a cidade tem vindo a tentar reerguer o esplendor e pujança de outrora.

O que visitar?
Aconselho: as ruas antigas da cidade (sempre com muita animação todo o ano), a Igreja de Santo António (uma das grandes obras de talha dourada de Portugal), a Ponta da Piedade, as Muralhas da Cidade (que envolvem o núcleo antigo da cidade e começaram a ser construídas pelos romanos), a estatuária (estátuas do Infante D. Henrique, D. Sebastião e Gil Eanes), a Mercado do centro, o Mercado dos Escravos, o Forte Ponta da Bandeira, as ruínas do Forte do Pinhão. Aconselho também a um passeio a pé entre as praias dos Estudantes e a Praia do Porto Mós, sempre junto à costa (asseguro que é espectacular e muito divertido - embora cansativo) e a outro passeio entre as praias do Pinhão e da D. Ana, por dentro de água (envolve um bocadinho de natação entre alguns pontos, mas é muito bonito e cheio de vida aquática) ou uma caminhada na Meia Praia.
Haveria muito mais coisas que vos podia aconselhar a visitar e muito mais que podia contar (o golf, as praia, as igrejas, museus, bares, restaurantes, etc.), mas não vos quero maçar e o resto fica para vocês descobrirem.
AH! Esqueci-me de dizer as três coisas mais importantes da cidade! Eu (se eu tiver tempo na agenda, deixo-me fotografar com os turistas), o salão de cabeleireiro da minha mãe (vão lá cortar, pintar e esticar o cabelo) e o bar do meu irmão (vão lá beber um sumo, uma água ou outra coisa eheheh) e pronto já fiz a publicidade!

Por fim, aqui ficam umas fotos.

O Mercado dos Escravos
















A Porta do Mar da Muralha (actualmente esta zona está toda em obras devido ao Programa Polis)















Vista da Baía




















Praça Luís de Camões

















Convento das Freiras
















Parte antiga da cidade com Meia Praia ao fundo - é meia de nome, porque se costumava chamar Praia de S. Roque à outra metade, mas depois isso caiu em desuso e agora é só meia... embora tenha cerca de 5km


E por fim o D. Sebastião do Cutileiro (com o imitador à frente)


















Podia ter posto muito mais fotos e ter falado de muito mais, mas o resto das fotos venham vocês cá tirar!
E pronto já fiz um post enorme! Aposto como fez com que o vosso PC levasse mais tempo a abrir a página!

Desafio



Bom, hoje decidi desafiar-vos. Motivado por imensos desaguisados, embirrações e pelo último post da Gisela, gostaria de propôr que cada um de nós (quando falo em nós, falo de todos os que podem publicar posts aqui no blog) apresenta-se a sua terrinha aqui no blog. Pode não ser o local de nascimento, mas aquele lugar em que nos sentimos em casa, o lugar que mais nos diz e com que mais nos identificamos. Que tal? Aceitam o desafio? Não é para provar qual é o melhor: não há melhores, apenas diferentes.
Ok... Começo eu...