Dia 5 de Setembro lá fui eu mais o meu Téminho para Idanha-a-Nova.
Eram apenas dois dias de férias, mas esperava goza-los bem, até porque não conhecia minimamente esta vila. Até pensei ver nos arredores mais verdinho, desilusão minha porque passei lá um calor tórrido e sombras quase nem vê-las.
Assim, no sábado passeei por Idanha a Nova e conheci a fábrica da bebida portuguesa mais famosa do século XX, é isso mesmo, vi a fábrica dos Pirulitos 8actualmente restaurante Helana)!
Fui até ao castelo onde encontrei uma espécie de pelourinho, lindíssimo, foi mesmo " a cereja no topo do bolo" como dizia muitas vezes o prof. de Antropologia. Se repararem na fotografia do castelo podem ver uma espécie de coluna com a cruz. Então de um lado da coluna tinha escrito:
Fundação
Restauração
Ascensão
do outro e pela mesma ordem:
1140
1640
1940
Genial!
No Domingo rumámos a algumas aldeias dos arredores: Alcafozes, Idanha-a-Velha e Monsanto.
A primeira aldeia pouco tinha para ver, passeámos de carro e fomos ver um monumento dedicado a uma santinha padroeira da aviação: Nossa Senhora do Loreto.
Idanha-a-Velha era muito bonita, mesmo ao meu género: cheia de canteirozinhos, vasos e flores de todas as cores. Apesar do senhor Calor, percorremos todos os pontos de interesse: a torre dos Templários, igrejas, pelourinho, ruínas romanas, forno comunitário...O primeiro monumento foi difícil de encontrar, apesar de estarmos sempre a vê-lo íamos dar sempre a ruas sem saída :P Ah! outra coisa que faltou ver foi o lagar, que fechou na hora de almoço, fica para uma próxima visita.
E estava a chegar mesmo o FIM de semana, mas não desanimávamos por isso. Estava ansiosa por conhecer "
a aldeia mais portuguesa de Portugal", concurso realizado em 1938 pelo Secretariado de Propaganda Nacional. O meu namorado só dizia: "isto é só pedras! são todas iguais!", mas acho que era o calor que estava a fazê-lo desistir da caminhada que fizémos pela parte mais velha da aldeia. Até estava um pouco incomodada com a transpiração, a sede que tinha, o calor...mas já que estávamos ali não podíamos deixar de ver tudo, e assim fizemos. Andámos pelas ruelas de Monsanto, vimos as casinhas de pedra, os canteirozinhos, tudo tão singular e estratégica mas ingenuamente colocado.
A beleza de Monsanto encantou-me, não fossem os poucos carros estacionados poderia dizer que tinha recuado no tempo, por ver as velhotas sentadas nas escadas a fazerem bonecas de trapo. Havia lá muitos turistas e muita agitação, afinal era a festa da aldeia e como não perdemos uma oportunidade de dançar fomos até ao largo da festa, esperámos pela música e ainda ouvimos mas não foi no palco, apenas uma iniciativa de uns senhores, soube bem à mesma mas não dancei.
Eram quase 18horas e até já tínhamos provado o arroz doce e as papas de carolo, sobremesas típicas da região, eram horas de regressar a casa. Fomos para o carro e ao som da rádio Monsanto, que nos fez companhia ao longo de alguns quilómetros, íamos ouvindo música portuguesa dos anos 60.
A viagem fez-se bem num fim de semana, apesar de eu puxar mais para o lado cultural e paisagístico. É uma zona do país com bastante interesse geológico mas não explorei essa vertente, o tempo era escasso e esse típo de coisas são vistas em caminhadas de poucos quilómetros. Penso que Penha Garcia será o local ideal para ver fosseis, pedras disto e daquilo.
Aconselho este passeio mas talvez na Primavera, época em que as flores estão bonitas e viçosas e o calor não aperta tanto.
Para mim uma boa escolha António Ferro ;) continua a aldeia mais portuguesa de Portugal