quinta-feira, abril 05, 2007

Carlota

Influenciada pelo Realismo de Alexandre Dumas (filho), decidi contar uma história veridica.
Tudo o que vou contar passou-se diante dos meus olhos e de outros historiadores que comigo foram á serra de sintra, num passeio onde se ouvia "lulu lulu lulu" por entre as árvores, onde as rodas de bicicletas realizavam movimentos futuristas, e personagens desapareciam por entre as estradas que nos pareciam longas e sem saída e onde apesar de tudo nos parecer perfeito, não o era devido á história da carlota, figura que nos marcou o dia e que nada mais nos pareceu perfeito nessa serra.
Estavamos no castelo dos mouros. Eu, o joão (meu namorado), vivi, vilma, fred e a sandra (namorada do fred). Todos na incerteza do poder daquela porta que viamos. Ali. Tudo o que aqui contarei é a pura verdade, porque ainda não tenho idade para inventar. Olhavamos para aquela porta que nos cegava de curiosidade, alguns desviavam o olhar para os gatos que ali viviam, rodeados pela natureza e pelas muralhas do castelo. Ao longe vimos um cão, que afinal não o era. Era Carlota, uma cadela pequena simpática e branca (parece que estou a descrever-me).
A gata que estava pranha e carlota trocam olhares. Carlota tenta sair pela porta que nós observavamos com atenção. Finalmente saiu. A gata atirou-se do muro, e Carlota fez o mesmo.
Estavamos ali, á procura de sinais da carlota, ouviamos ganir. A dona de carlota, uma jovem com cerca de 20 e poucos anos gritava pelo seu nome: "CARLOTA! CARLOTAAAA!"

...

o silêncio permanecia por entre aqueles arbustos.

"Carlota vem cá! vamos para casa!" disse a dona...mas ela não vinha, talvez não quissesse ir para casa porque não era a hora dos aristogatos. Tristes com este episodio decidimos ir embora, virámos as costas ao triste fado de carlota e da bichaninha. Até que finalmente apareceu a Carlota com sangue no focinho. A dona tirou uma garrafa de água vazia da sua mochila e bateu na pobre carlota que permaneceu quieta.
Nesse momento ouvimos a gata, a lamentar-se, perdida entre a vegetação. Nunca mais soubemos dela, talvez tenha parido, abortado ou simplesmente morrido.
Carlota foi embora com os donos e nós continuamos a nossa saudável caminha.
esta é a historia de Carlota que afinal nao é a aranha do filme da disney, mas sim uma cadela que tornou o nosso passeio mais exitante e a serra num paraiso imperfeito.

2 comentários:

sandra disse...

Eu, no lugar da Carlota, se tivesse uma dona como aquela, tinha ficado perdida no meio da serra e não tinha voltado mesmo! Pelo menos assim não levava com a garrafa…

Frederico disse...

excelente descriçao! aquilo parecia um filme. tinha comedia, acçao, violencia, tragedia, so n teve romance... Em compensaçao teve uma boa dose de estupidez por parte de uma dona de uma cadelita.